O Departamento de Justiça dos EUA
divulgou nota oficial sobre as acusações que motivaram as detenções de
dirigentes da FIFA em Zurique nesta quinta-feira (27/5). O documento é
intitulado “Nove dirigentes da FIFA e cinco executivos indiciados por
extorsão e corrupção” e diz que as acusações foram formalizadas em um
tribunal federal no Brooklyn em Nova York e que sete réus foram presos
no estrangeiro. Os americanos informaram que o ex-presidente da CBF,
José Maria Marin, é um dos sete dirigentes detidos.
A confissão de culpa
de quatro pessoas e dois “réus corporativos” foi sacramentada – e com
isso 14 pessoas foram indiciadas por extorsão, fraude eletrônica,
conspiração para lavar dinheiro entre outros crimes. Segundo a acusação,
a investigação aborda um esquema que já dura 24 anos para enriquecer no
futebol com subornos que chegariam a US$ 150 milhões (quase R$ 400
milhões). As acusações foram anunciadas pela Advogada-geral americana
Loretta Lynch, pelo diretor do FBI, James Comey e pelo
investigador-chefe do Imposto de Renda americano, Richard Weber. A nota
confirmou a prisão de sete réus acusados a pedido dos Estados Unidos:
Jeffrey Webb (presidente da Concacaf), José Maria Marin, Eugenio
Figueiredo, Rafael Esquivel, Eduardo Li, Julio Rocha e Costa Takkas.
Além disso, um mandado de busca foi executado numa sede da CONCACAF
(Confederação das Américas do Norte e Central) em Miami.
- O indiciamento alega corrupção
desenfreada, sistêmica e enraizada no exterior e aqui nos EUA durante
mais de duas gerações de dirigentes de futebol que abusaram de suas
posições para adquirir milhões de dólares em propinas. Isso tem
prejudicado profundamente uma multidão de vítimas. O Departamento de
Justiça tem a intenção de acabar com tais práticas corruptas e trazer
malfeitores à justiça – disse a advogada-geral americana.