11 dezembro 2015

Kátia Espinheira sobre José Carlos Moura: "Se você me apontar uma obra eu te agradeço, por que não conheço nenhuma"

                                 
Nada é mais importante para o homem sertanejo do que “a palavra”, para ele, uma vez dada não se volta atrás, caso ela não seja cumprida o fato se tornará uma desonra. Bem que essa prática poderia ser adotada por alguns  políticos de Itapetinga, já que os mesmos tratam “a palavra” como um produto descartável, algo sem valor.
Os nossos políticos são campeões em oratória, falam com firmeza e desenvoltura, postura comparada a dos mestres da filosofia grega ou a dos senadores romanos. É lindo ver e ouvir os nossos coronéis; a cada discurso, um novo compromisso, a cada acordo, um novo aliado. Pena que os compromisso e os aliados sejam esquecidos ou trocados rapidamente, é como se “a palavra” dita ou escrita fosse como eles, cheia de metamorfose e de contradição, fácil de esquecer ou de deletar.
Mas como é possível assumir um compromisso em praça pública e renegá-lo na primeira negociata? Qual é a credibilidade de um político que desqualifica a sua própria “palavra”? O que podemos esperar de alguém que troca de opinião conforme os seus interesses? O que vale mais: “a palavra” ou as vantagens? São varias as perguntas para uma mesma resposta: o oportunismo! É com o oportunismo que alguns políticos vivem e reinam absolutos, é dessa forma que alguns trocam de palanque, de partido, de discurso, de aliados…Tudo para se manter ou conquistar o poder.

É uma pena que uma cidade tão promissora seja vítima de políticos que não respeitam a sua própria “palavra”, que não valorizam os compromissos assumidos, não com os seus grupos, mas com o povo. Povo sofrido e batalhador que nutre a esperança em dias melhores, que sonham com uma nova cidade e que infelizmente ainda acredita “na palavra” dos politiqueiros.

Quem fala demais acaba dando bom dia a cavalos

As recentes notícias que envolvem as possíveis candidaturas para a disputa eleitoral em nossa cidade só vêm a comprovar uma velha máxima que diz que a política não é uma linha reta onde se pode ver o início, o meio e o fim, pois, o processo foi marcado por incontáveis fatos inusitados e por declarações “mitológicas”. De uma hora pra outra os cenários se modificaram, novos grupos foram criados e velhos grupos se fundiram, tudo na maior naturalidade, sem preconceito ou restrição. Diante disso tudo existe uma pergunta que insiste em perturbar, o que será feito com as palavras ditas no passado?

Em virtude de tantas contradições ou de total sintonia política, fica aqui o alerta a todos os líderes políticos: as eleições passam e bem logo ali, em um futuro não muito distante, eles poderão se reencontrar ou voltar a se separar, isso porque o que importa não é o interesse coletivo, e sim o pessoal. Se não fosse isso, garanto que o cenário eleitoral seria outro. Porém, é importante deixar um lembrete, o de que antes de falarem um caminhão de besteiras, pensem no constrangimento que terão no futuro ao terem de abraçar e elogiar um antigo desafeto, e o pior será ouvir a gozação popular que não tardará em dizer que “QUEM FALA DEMAIS DÁ BOM DIA A CAVALO!” 

O vídeo acima mostra duas faces da pré-candidata Kátia Espinheira, ela afirma sobre o prefeito municipal: "Se você me apontar uma obra eu te agradeço, por que não conheço nenhuma". Essa declaração foi dada pela candidata em junho de 2013, quando surgiram as primeiras conversas de bastidores dando conta de uma futura aliança dela com o atual governo José Carlos Moura (PT). De acordo com informações já existia uma camuflagem sobre o processo. 

As recentes entrevistas da pré-candidata mostram uma mudança de ideias, até mesmo o programa de governo "Minha Casa, Minha Vida", arrancou elogios de Kátia ao prefeito municipal.