A assembleia da Adusb, realizada no dia 30 de junho, reafirmou a força
do Movimento e aprovou a manutenção da greve. Para avançar nas
negociações e pressionar o governo a apresentar soluções concretas, a
categoria aprovou uma contraproposta. Após a realização de sete reuniões
com o Fórum das ADs, no dia 19 de junho, o Governo Rui Costa reafirmou a
sua proposta inicial e, mais uma vez, negou as reivindicações de 7% da
receita líquida de impostos para o orçamento, ampliação do quadro de
vagas, reajuste linear integral e valorização da carreira. A proposta de
remanejamento de 20 vagas, rejeitada pelas assembleias desde os dias 21
e 22 de maio, foi reapresentada e a negociação da minuta substitutiva
da 7176/97 adiada para 4 de agosto. Para a Presidente da Adusb, “a
postura do Governo da Bahia, expressa um projeto, já em curso, que
objetiva acabar com a carreira do magistério público superior e reduzir o
investimento nas universidades.” Todavia, ainda segundo Márcia Lemos,
“a categoria está organizada e preparada para combater essa ofensiva
contra os direitos trabalhistas e o ensino público superior”. Nesta
perspectiva, os Comandos de Greve das quatro ADs discutiram a resposta
do Governo e levaram as proposições ao Fórum das ADs para consolidação
no dia 27 de junho. Durante as reuniões, os professores deixaram claro
que direitos trabalhistas não serão barganhados, nem o Estatuto do
Magistério Superior desrespeitado.