Cálculos realizados pelo Sindicato dos Servidores da Fazenda do
Estado (Sindsefaz), apontaram perda salarial de 18,16% para os
servidores públicos da Bahia que entram em sua data-base, em janeiro. O
percentual inclui a inflação de 2015, medida pelo IPCA (10,67%) e os
resíduos de 2013 a 2015, quando o governo iniciou sua política de
parcelamento do índice de reajuste. Em 2013, a perda foi de 1,85%. No
ano seguinte foi de 1,88% e agora em 2015 foi de 2,90%.
“Os
resíduos acumulados são referentes aos meses nos quais os servidores não
perceberam o percentual total da inflação do ano anterior”, informa o
diretor de Organização do Sindsefaz, Claudio Meireles. Para entender, em
2015 teria que ter sido aplicado 6,41% nos salários de todos os
servidores a partir de janeiro. Só que o governo aplicou 3,5% em março e
2,81% em novembro, o que gerou um resíduo de perda de 2,90% em desfavor
do funcionalismo.
As perdas acumuladas pelos servidores
chegaram em dezembro/2015 em 18,16%, exigindo um reajuste deste
percentual para zerar o prejuízo que vêm amargando a partir de 2013.
Porém, os funcionários estaduais estão apreensivos.Isso porque,
pelaimprensa, o secretário da Fazenda, Manoel Vitório, anunciou que o
funcionalismo não vai ter reajuste em 2016.
A Fetrab (Federação
dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia) e os sindicatos filiados,
incluindo o Sindsefaz, já solicitou ao governo a convocação da Mesa
Central de Negociação para tratar o assunto, uma vez que o governo não
oficializou a informação repassada pelo secretário Manoel Vitório pela
imprensa. As entidades, que organizaram um protesto durante o cortejo do
Bonfim, prepara nova manifestação para a segunda de carnaval, durante a
saída do bloco popular Mudança do Garcia.
“As entidades
sindicais não aceitarão reajuste zero, ainda mais em um momento em que a
inflação não está controlada e as incertezas são grandes na economia”,
acrescenta Meireles. Ele diz que as perdas são de 18,16% agora em
janeiro, mas à medida que os meses forem passando, o percentual vai
crescendo com a alta de preços do ano de 2016.
“Reajuste nos
preços de alimentos, remédios, combustível, escola particular, plano de
saúde, energia, entre outros, não espera o próximo ano chegar para ser
efetivado. São aumentos que já serão suportados até a próxima data-base.
Não temos como ficar sem a reposição passada neste momento”, completa o
sindicalista. (Metro1)