14 fevereiro 2016

Sucessão Municipal 2016: Muitas bondades virão

Em 2016 teremos eleições municipais nos 5570 municípios que o Brasil possui, segundo o IBGE, e por conta disso, muitas bondades deverão ser realizadas pelos gestores municipais, especialmente quem tentará a reeleição, nos meses que antecedem a eleição. Tal postura não é novidade em ano de processo eleitoral, quando se tem a máquina na mão e faz de tudo para se manter no poder.


Em ano eleitoral pela cultura política brasileira é o período de entrega de muitas obras, de mostrar uma boa gestão, de convencer o eleitor que a atual gestão ou de grupo aliado deve continuar gerindo um determinado município. Por isso o histórico nos confirma que em ano de eleições os cofres públicos na maioria das municipalidades “secam”, o que torna o ano seguinte muito difícil para quem continua ou para quem assume um governo municipal.


Diferente de 2012, a eleição deste ano ocorrerá em período de recessão econômica no país, o que interfere diretamente no processo eleitoral. Menos recursos serão gastos em campanhas pelo Brasil, sem dúvida. Quem está no poder terá que investir menos recursos diretos da máquina, justamente porque os cofres públicos de forma geral estão quase vazios.


Para quem tenta a reeleição a estratégia além de entregar muitas obras (seguindo os cronogramas e recursos garantidos) será conceder benefícios ou benesses aos servidores municipais. Em mais de 1/3 dos municípios brasileiros a prefeitura é a maior – quando não a única – provedora de empregos e geração de renda. Ou seja, muitos prefeitos sabem disso e utilizam a máquina a seu favor, o que desequilibra muito a disputa.


Em Itapetinga o prefeito José Carlos Moura, tenta fazer uma agenda positiva com o eleitorado itapetiguense , para  eleger o seu sucessor. Portanto, já está em campanha para continuar comandando uma prefeitura de orçamento bilionário . E medidas já começaram a ser tomadas. No ano passado, em sessão extraordinária, a Câmara de Vereadores aprovou o aumento de 35% nas tarifas de água e esgoto, acredita-se que toda a dinheirama, seja gasta para eleger o candidato do prefeito. Isso só foi o começo, no caso da "capital da agropecuária ", outras bondades virão e assim a cultura política brasileira se perpetua em ano de eleição. Se o orçamento estourar, ano que vem se dá um jeito de uma forma ou de outra.