O suspeito de estuprar as cinco filhas indígenas, preso nesta
quinta-feira (26), defendeu-se afirmando que “era rapidinho”. O homem de
49 anos considerava algo “normal” os abusos sexuais, como informou o
delegado da Polícia Civil, Charles Correa, responsável pelo caso que
aconteceu em uma propriedade rural de Oiapoque, no Amapá.
Contradizendo o depoimento do suspeito, que teria afirmado ter
estuprado apenas duas filhas, os exames médicos revelaram que ele
mantinha relações sexuais com todas as cinco. As meninas de 14, 12, 10, 6
e 5 anos agora estão sob a guarda da mãe e seguem acompanhadas pelo
Conselho Tutelar e pela Fundação Nacional do Índio (Funai).
Detido na delegacia do município, o réu confesso disse: “Era
rapidinho, não fazia nada não, era rapidinho”, contou. “O representante
da Funai apresentou a mãe da vítima e trouxe uma das filhas abusadas,
que tem 12 anos. Fizemos o exame de conjunção carnal que atestou o
abuso, tanto o rompimento do hímen, quanto fissuras anais. Após isso
investigamos os demais abusos”, afirmou o delegado Correa.
Dentre as suspeitas, ainda podem recair sobre o agressor os crimes de
trabalho infantil, devido à ferimentos apresentados pelas meninas e
também um aborto forçado. “Após perceber que ela [a filha de 14 anos]
apresentava sinais de gravidez, como vômito, enjoos, o pai deu para ela
supostamente um remédio que seria para verme, mas a gente tem
desconfiança que seja um remédio abortivo”, detalhou.