Fica claro constatar que neste momento Itapetinga vive uma séria crise de
geração de empregos, certamente, a maior de todos os tempos, tendo em
vista, o crescimento populacional da cidade.
A cidade cresce de forma
desordenada, sem nenhum planejamento ou políticas públicas voltadas
para o ordenamento urbano e social. Temos hoje, um núcleo urbano
razoavelmente organizado no “centro” e uma periferia crescente com as
pessoas subempregadas ou desempregadas, vivendo de bicos, com habitações
deficientes, com poucas perspectivas de um futuro melhor. Cria-se com
isso um “caldo de cultura” para o aumento da criminalidade
que quase sempre é sentida por toda a cidade.
Percebe-se também que a
informalidade é o caminho para aqueles que não encontram abrigo no
grande empregador da cidade que é a Prefeitura. É evidente que há
exceções em várias áreas.
Este modelo de dependência do poder público
foi construído para funcionar assim. Foi pensado para ser um
instrumento de dominação política em cima dos trabalhadores não
qualificados.
O que vimos nos últimos anos foi concreto,
asfalto e políticas assistencialistas não emancipadoras da cidadania,
incompatíveis com o volume orçamentário que transitou nos cofres
públicos desta cidade. A herança de corrupção e roubalheira que ficou
está aí sendo esfregada na cara da população. Pessoas que estiveram e
estão no poder ostentam para quem quiser ver uma evolução patrimonial
que não tem referência nos proventos advindos da função pública.
Todas
estas ações citadas não podem ser feitas de “ cima para baixo”, com o
Poder Público decidindo sozinho o que é melhor para a cidade. Tem que
ter a participação de todos os setores envolvidos para que se possa
construir soluções duradouras.
É tarefa urgente em nossa cidade
acabar com a brutal concentração de renda e promover políticas de
redução desta terrível desigualdade social para desarmar uma grande
bomba humana que se forma, cresce e está prestes a explodir na cabeça de
todos. Entretanto, para promover as mudanças necessárias devemos ter a
coragem e o discernimento para romper com este modelo de gestão e
desenvolvimento que “os mesmos” implantaram e querem dar continuidade.
Rapidinhas da Bahia