20 março 2016

Setenta deputados utilizaram a janela partidária em 30 dias; na Bahia apenas quatro

Nos 30 dias de vigência da chamada janela partidária, contados a partir de 18 de fevereiro, pelo menos 70 deputados federais mudaram de legenda. O levantamento é feito pelo Congresso em Foco. Além de causar dúvidas quanto ao apego ideológico de muitos parlamentares em relação a partidos, o rearranjo alterou o peso das bancadas na Câmara. Dos 63 parlamentares que compõem a bancada baiana, apenas quatro migraram para outras legendas. O deputado Antônio Brito trocou o PTB pelo PSD; Arthur Maia, saiu do SD e foi para o PPS; José Carlos Araújo, saiu do PSD e entrou no PR; Uldurico Junior, trocou o PTC pelo PV.
No cenário nacional, o Partido Republicano, foi o principal favorecido pelo troca-troca partidário. Tendo eleito 34 parlamentares, o PR hoje soma 40 representantes e se estabelece como a quarta maior bancada da Casa, lugar que era ocupado pelo PSD logo após as últimas eleições. O PR conquistou dez novos integrantes e perdeu apenas três, durante o período da janela partidária, criada pela Emenda Constitucional 91. Quantitativamente, a janela partidária não provocou grandes mudanças no quadro do partido da presidente Dilma. Logo após as eleições de 2014, o PT tinha a maior bancada na Câmara, com 68 deputados. Hoje, são 59. O maior partido passou a ser o PMDB, que em 2014 elegeu 66 deputados e agora conta com 65. O terceiro lugar no ranking das maiores bancadas da Câmara é dividido pelo PP e PSDB, ambos com 48 deputados. No início da atual legislatura, em fevereiro de 2015, o PP tinha 38 representantes no Congresso, enquanto o PSDB possuía 54, demonstrando que a principal agremiação oposicionista também encolheu. Após o troca-troca partidário, o PSD figura como a quinta maior bancada de deputados. Em decorrência de questões regionais, o partido perdeu quatro e ganhou seis membros no Congresso. A bancada contava com 36 parlamentares eleitos em 2914 e, hoje, soma 34.