Nos 30 dias de vigência da chamada
janela partidária, contados a partir de 18 de fevereiro, pelo menos 70
deputados federais mudaram de legenda. O levantamento é feito pelo
Congresso em Foco. Além de causar dúvidas quanto ao apego ideológico de
muitos parlamentares em relação a partidos, o rearranjo alterou o peso
das bancadas na Câmara. Dos 63 parlamentares que compõem a bancada
baiana, apenas quatro migraram para outras legendas. O deputado Antônio
Brito trocou o PTB pelo PSD; Arthur Maia, saiu do SD e foi para o PPS;
José Carlos Araújo, saiu do PSD e entrou no PR; Uldurico Junior, trocou o
PTC pelo PV.
No cenário nacional, o Partido
Republicano, foi o principal favorecido pelo troca-troca partidário.
Tendo eleito 34 parlamentares, o PR hoje soma 40 representantes e se
estabelece como a quarta maior bancada da Casa, lugar que era ocupado
pelo PSD logo após as últimas eleições. O PR conquistou dez novos
integrantes e perdeu apenas três, durante o período da janela
partidária, criada pela Emenda Constitucional 91. Quantitativamente, a
janela partidária não provocou grandes mudanças no quadro do partido da
presidente Dilma. Logo após as eleições de 2014, o PT tinha a maior
bancada na Câmara, com 68 deputados. Hoje, são 59. O maior partido
passou a ser o PMDB, que em 2014 elegeu 66 deputados e agora conta com
65. O terceiro lugar no ranking das maiores bancadas da Câmara é
dividido pelo PP e PSDB, ambos com 48 deputados. No início da atual
legislatura, em fevereiro de 2015, o PP tinha 38 representantes no
Congresso, enquanto o PSDB possuía 54, demonstrando que a principal
agremiação oposicionista também encolheu. Após o troca-troca partidário,
o PSD figura como a quinta maior bancada de deputados. Em decorrência
de questões regionais, o partido perdeu quatro e ganhou seis membros no
Congresso. A bancada contava com 36 parlamentares eleitos em 2914 e,
hoje, soma 34.