16 março 2016

Por que Dr Emanuel Santos é secretário queridinho de Zé Carlos?

Itapetinga: Quando o "prefeito" fez sua leitura anual na Câmara Municipal, aproveitou para dizer que o pedetista  secretário de Saúde Dr. Emanuel Santos, era o seu secretário favorito. Mais o que fez o secretário com a saúde de Itapetinga? O atual estado de precariedade na saúde pública municipal beirando ao caos, e  chama atenção para uma questão que não tem sido observada por grande parte de nossa população, principalmente os mais pobres, que são os mais afetados pela deficiência desta política pública fundamental:
É óbvio que os interesses são incompatíveis. Com uma saúde pública desqualificada, os segmentos de classe média e classe média baixa fazem um enorme esforço no seu orçamento para adquirir um plano privado para que possam ter um atendimento com alguma qualidade. O segmento mais pobre, sem renda, fica inteiramente sujeito a precariedade do sistema. 

Não precisa ser especialista em saúde pública para saber que o grosso dos investimentos precisam ser direcionados para a saúde preventiva, de base, priorizando os PSF’s ( atualmente ESF’s ) que antecipam diagnósticos e tratam doenças crônicas que podem reduzir, posteriormente, as emergências hospitalares. È preciso tratar em primeiro lugar da saúde das pessoas e não apenas das doenças.

Como não há uma política preventiva planejada e estruturada acontece uma sobrecarga no atendimento emergencial destas UPA’s e no Hospital Cristo Redentor ,  o que gera grande insatisfação na população e situações de stress nos médicos e demais profissionais de saúde.

Algumas perguntas ficam sem respostas:
Como pode uma cidade privilegiada sob o ponto de vista orçamentário  ter uma política de saúde pública tão deficiente ?
Quais os interesses que estão escondidos por trás dos elogios  do prefeito  ao secretário de saúde, seriam meros interesses    políticos ?
Por que a população não reage a este caos ?

A precariedade da saúde pública em Itapetinga já elegeu e continua elegendo muita gente. Cria-se a dificuldade para depois vender o favor e a facilidade. Os feudos existentes criam currais eleitorais. Quando não se consegue a marcação de consulta na inepta “Central de Marcação de Consultas” aparece um agente político para agilizar. Quando não se consegue o remédio no posto de saúde tem sempre um vereador amigo para “ajudar”, e assim vamos. Os mesmo usam a tribuna da Casa Legislativa para
dizer que o problema é nacional.

  Uns podem mais e outros podem menos. Não há dúvida de que Itapetinga  é um dos que podem mais. Durante este período, milhões  de reais transitaram nos cofres municipais, fato que não deixam dúvidas que faltou competência e vontade política para transformar este quadro. 

Saúde Pública não é prestação de serviço. Trata-se de uma política pública fundamental, direito inalienável do cidadão, segundo a Constituição Federal, que teria que ser respeitado desde o primeiro dia de mandato.

A saúde pública de Itapetinga  há muito tempo deveria ser objeto de uma CPI por parte da Câmara de Vereadores se houvesse compromisso e independência por parte de seus membros, além de respeito com a população.

Esta situação é mais uma prova da falência deste modelo de gestão que governa Municipal implantou   e que aprofunda dramas sociais e enriquece uma elite sem compromisso com valores humanos essenciais.
O patrimonialismo, o fisiologismo, o nepotismo, o assistencialismo sem cidadania e a falta de transparência com a coisa pública precisam ser eliminados da administração de nossa cidade. O melhor ou até o mais engraçado de tudo é que para mudar todo este quadro depende apenas do nosso voto. Depende de nossa coragem, ousadia e da capacidade de assumir riscos e responsabilidade com um amplo processo de mudanças que envolva o executivo e o legislativo.
Rapidinhas da Bahia