17 março 2016

Um processo de renovação dos quadros políticos deve ser o tema urgente na pauta das eleições de 2016

A princípio, não deve ser encarado como uma solução perfeita. Sempre poderemos ter decepções com os novos eleitos, não há garantias escritas na testa de ninguém. Outro cuidado é verificar se a "cara nova" não representa os velhos interesses de grupos ou políticos já encastelados no poder. Esta é a pior renovação, pois é a novidade do engodo e da enganação. Também não podemos cair naquele argumento reducionista que não devemos reeleger ninguém. Quem faz um bom trabalho e se coloca ao lado do povo trabalhador e da população de modo geral, merece continuar exercendo tal função pública. Estes políticos existem e estão lá nos defendendo, o que precisamos é apurar nosso senso político e cidadão, buscar mais informações e reconhecê-los.

  A vitória de alguns maus políticos reflete a vontade popular da maioria. O engraçado de tudo isso é que depois de votar sucessivas vezes neste mesmo político, o eleitor reclama da política de uma maneira geral, esquecendo que esta sucessão de erros também é responsabilidade sua. O modelo e a forma de fazer política não mudará se continuarmos a ter o mesmo comportamento desatento, pouco observador, não analítico e acharmos que "político é tudo igual" e que é impossível mudar esta realidade.