Estas duas perguntas devem nortear o complexo processo de decisão do
voto. Não se constrói nada de novo repetindo velhas práticas. A mudança
precisa ocorrer primeiro dentro de cada um de nós. O nosso modelo de
representação política espelha o sentimento e as atitudes que temos
diante da urna eletrônica. Os eleitos não chegam ao poder de
para-quedas. São votados e escolhidos livremente por todos nós. Logo, a
qualidade desta representação reflete a nossa qualidade na hora do voto.
Votar em fichas sujas, em quem já teve várias oportunidades e não provou
competência e compromisso com as causas populares, votar em quem
representa velhos caciques da política, em quem não tem compromisso com o
trabalhador, votar em quem lidera a pesquisa para “não perder o voto”,
não vai construir nada de novo para a cidade, nem hoje e nem para o
futuro. Não vai produzir nenhuma mudança estrutural no quadro político.
Apenas vai fazer aumentar as velhas queixas de que o ambiente político é
desolador e ocupado por oportunistas e ladrões do dinheiro público. A
responsabilidade de mudar este quadro é nossa. É intransferível e
urgente.
Renove suas opções. Não há outro caminho para a mudança. Temos mais uma
chance de não permitir que a história que aconteceu várias vezes como
tragédia, volte a se repetir como farsa.
Caminhe para as urnas pensando na mudança, em novos nomes independentes
destes velhos esquemas e desta velha forma de fazer política. Você, sua
família, seus filhos e netos certamente serão influenciados por sua
decisão, pois tudo na vida depende das decisões políticas que são
tomadas nos palácios executivos e casas legislativas. Sua vida presente e
seu futuro dependem deste acerto. Você é responsável pelos políticos
que escolhe. Pense nisso para não reclamar e não se lamentar depois.
Lembre-se neste momento do poeta e escritor Eduardo Galeano: “A primeira
condição para modificar a realidade consiste em conhecê-la”.
E como sabemos que a realidade política atual é sofrível, só nos resta
mudá-la promovendo uma ampla renovação dos quadros políticos. É
possível, factível e necessária.
É agora ou nunca !!