O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador Aécio Neves,
ambos do PSDB, foram recebidos com xingamentos por alguns manifestantes
quando eles chegaram na Avenida Paulista na tarde deste domingo (13),
segundo relatos de profissionais de imprensa que trabalhavam no local.
Os dois também foram aplaudidos por outros manifestantes. Os dois
políticos se encontraram no Palácio dos Bandeirantes e foram juntos para
a Paulista. Desceram em uma van atrás do Museu da Arte de São Paulo
(Masp) onde foram recebidos por manifestantes. Algumas pessoas gritaram
“oportunistas” para eles. Uma mulher gritou “Fora Aécio! Fora vagabundo!
Você é lixo também”. Citado na Operação Lava Jato, Aécio Neves afirmou:
“Todas as citações têm que ser investigadas, e todas elas são falsas”,
disse Aécio. A reportagem da GloboNews perguntou para Aécio Neves: “O
que o senhor achou da reação das pessoas?”. O senador respondeu: “É
extremamente positiva, hoje estamos unidos em um só objetivo, terminar o
governo Dilma”. A GloboNews perguntou para Alckmin: “Houve
manifestações contrárias ao senhor, não é, governador?”. Alckmin disse:
“Não, eu não vi nenhuma manifestação. É uma grande manifestação popular,
é preciso saber ouvi-la e agir para ajudar o país a mudar o mais rápido
possível.” Os dois foram convidados pelo Movimento Brasil Livre para
discursar no carro de som, mas não aceitaram. Eles deram entrevistas na
avenida e logo foram embora. A senadora Marta Suplicy foi hostilizada
enquanto dava entrevista em frente à Fiesp, na Av. Paulista. Sob gritos
de “perua”, “vira casaca” e “fora PT”, ela deixou o ato e voltou ao
prédio com militantes. De acordo com a Polícia Militar e a Secretaria de
Segurança Pública do Estado, 1,4 milhão de pessoas participou da
manifestação na Paulista, com estimativa de 1,8 milhão em todo o estado.
(G1)