O governador Rui Costa (PT) aproveitou o lançamento da revista Terra
Mãe, do Governo do Estado, e do Mapa da Mídia, uma ferramenta eletrônica
para facilitar as ações no mercado que envolvem imprensa e publicidade,
para fazer um balanço das principais ações do governo em 2015 e
informar o que pretende ser alcançado em 2016. Rui confirmou não haver
previsão para a concessão de aumento linear para o funcionalismo do
estado em 2016.
Segundo ele, o motivo é a crise econômica. “Atendi os
principais sindicatos em dezembro e a todos fui muito sincero: não tem
previsão de reajuste no orçamento (2016)”, disse ele,. “O reajuste de
2015 custou R$ 500 milhões, mesmo pago em duas vezes. Mesmo ruim, mesmo
dividido custou R$ 500 milhões para o cidadão que paga tributo”, lembrou
o petista, calculando que um reajuste linear em 2016, com base na
inflação, “não custaria menos do que R$ 700 milhões”. Ele explicou que,
mesmo sem conceder reajuste, a folha de pagamentos do estado – que tem
cerca de 267 mil servidores entre ativos e inativos – deve crescer entre
2% a 3%. “Primeiro porque tem o anuênio. Só com o anuênio, a cada ano,
chova ou faça sol, é 1% a mais (na folha). Professor, além do anuênio,
tem o quinquênio. Por ano, recebe 5% (do salário) de anuênio; quando
completa cinco anos, recebe mais 5%. Mesmo que não faça nada, recebe
10%. Ou seja, a folha tem um crescimento vegetativo muito grande, com as
progressões de carreira, etc. Quer dizer, a folha vai crescer uns R$
300 milhões mesmo que não conceda aumento em 2016″, informou. Apesar de
tudo, Rui tem esperança que o próximo ano será melhor que 2015. Ele
confia que o governo federal consiga aprovar a CPMF e outros pontos do
ajuste econômico no Congresso Nacional, o que melhoraria o cenário, na
visão do governador.