O Banco Central do Brasil poderá retomar os aumentos das taxas de
juros em janeiro, a sinalização foi dada pelo BC ao projetar que a
inflação permanecerá acima da meta do banco, de 4,5 por cento, nos
próximos dois anos.
Segundo a revista Exame, a inflação cairá
para 4,9 por cento até o fim de 2017, contra 10,8 por cento neste ano,
mesmo com a autoridade monetária aumentando a taxa básica de juros de
14,25 por cento para 14,75 por cento, informou o BC em seu relatório
trimestral de inflação, na última quarta-feira (23).
O Comitê de
Política Monetária (Copom), liderado pelo presidente do Banco Central,
Alexandre Tombini, havia projetado em setembro que a inflação cairia
para 4,6 por cento no terceiro trimestre de 2017.
A publicação
refere que a autoridade monetária está tendo dificuldades para conter os
maiores aumentos nos preços ao consumidor em mais de uma década sem
piorar ainda mais a recessão.
A retração, a turbulência política
e a troca do ministro da Fazenda na semana passada, provocaram uma
corrida para venda nos ativos brasileiros e a piora das expectativas de
inflação, porque os traders estão questionando a capacidade e a
disposição do governo para conter os gastos.
Segundo o
relatório, o BC “adotará as medidas necessárias para garantir” que a
inflação caia para 4,5 por cento em 2017. A autoridade monetária vê
“sinais claros e significativos” de que o balanço de riscos da economia
piorou.
Os traders acreditam que o BC elevará sua taxa de juros
básica para 17 por cento até o fim do ano que vem, mostram as taxas de
swap. Os swaps de taxas de juros sobre os contratos que vencem em
janeiro de 2017 caíam 3 pontos-base, para 15,86 por cento, às 10h06,
pelo horário local.
*Notícias ao Minuto