O juízo da 1ª Vara Cível da comarca de São Sebastião (SP), na tarde
dessa quarta-feira (09), julgou improcedente a ação de indenização por
danos morais que fora ajuizada contra o deputado e pastor
evangélico Marco Feliciano (PSC-SP) por causa de um “beijaço gay”
realizado em um evento gospel no dia 15 de setembro de 2013.
O parlamentar era acusado de ter
incitado o ódio através de seu discurso e de ter supostamente dado voz
de prisão contra as ativistas, que foram detidas pela guarda municipal.
O magistrado entendeu que “pelo que se percebe dos elementos constantes
dos autos, sob a alegação de exercer o direito à liberdade de
expressão, a atitude das autoras acabou por ofender a liberdade de
religião de milhares de pessoas que estavam presentes ao evento”.
Na sentença, o juiz também considerou
que o ato atribuído ao deputado (de ter supostamente dado voz de prisão)
não pode ser causa de responsabilização civil, já que as condutas das
ativistas, ainda que em tese, configuram crime contra o sentimento
religioso (art. 208, do Código Penal).
Entenda o caso
As duas jovens entraram com uma ação na Justiça de São Paulo contra Marco Feliciano (PSC-SP) pedindo uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais por terem sido expulsas e presas após se beijarem em um culto evangélico. Na ocasião, ainda no palco, o deputado não poupou palavras após a prisão das estudantes. “Essas duas precisam sair daqui algemadas”. Elas foram algemadas por agentes da Guarda Civil Municipal e encaminhadas ao 1º Distrito Policial de São Sebastião.
As duas jovens entraram com uma ação na Justiça de São Paulo contra Marco Feliciano (PSC-SP) pedindo uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais por terem sido expulsas e presas após se beijarem em um culto evangélico. Na ocasião, ainda no palco, o deputado não poupou palavras após a prisão das estudantes. “Essas duas precisam sair daqui algemadas”. Elas foram algemadas por agentes da Guarda Civil Municipal e encaminhadas ao 1º Distrito Policial de São Sebastião.
Uma das garotas denunciou que foi jogada
na grade e depois agredida por três guardas, embaixo do palco. Ela
passou por exame de corpo delito, onde foram encontrados hematomas nos
braços e pernas. O beijo, segundo elas, era uma forma de protesto contra
a homofobia.