A Justiça Federal autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal da
LFT Marketing Esportivo, empresa de Luís Cláudio Lula da Silva, filho do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e do ex-ministro e ex-chefe de
gabinete de Lula Gilberto Carvalho.
A quebra dos sigilos alcança o
período entre 2009 a 2015. Os pedidos foram feitos pela Receita Federal e
Ministério Público Federal que investigam o suposto envolvimento dos
dois em esquema de compra de medidas provisórias editadas nos governo
Lula e Dilma Rousseff no âmbito da Operação Zelotes.
A empresa de Luís
Claudio recebeu R$ 2,5 milhões do escritório de consultoria Marcondes
& Mautoni, o mesmo contratado por montadoras de veículos para fazer
lobby pela edição das normas que estenderam benefícios fiscais que as
beneficiaram. O esquema de compra de MPs e o pagamento ao filho de Lula
foi revelado em série de reportagens publicadas pelo Estado. Uma perícia
da PF concluiu que a consultoria prestada pela LFT à Mautoni se limitou
a copiar informações da internet, em especial do site de pesquisa
Wikileaks. Por essa razão, foi aberto um inquérito específico para
investigar esse contrato, além das relações próximas de Gilberto
Carvalho com o lobista Mautoni, que esta preso acusado de atuar para
comprar as MPs.