Um dos principais alvos da Operação Pulso, deflagrada nesta
quarta-feira, 9, pela Polícia Federal, é o médico Mozart Júlio Tabosa
Sales, ex-ministro interino da Saúde do governo Dilma Rousseff. Segundo a
PF, Mozart foi afastado do cargo de diretor da Empresa Brasileira de
Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobras) por suspeita de envolvimento
com organização criminosa especializada em direcionar licitações e
desviar recursos públicos.
Rastreamento na conta da mulher de Mozart,
Jurema, indica, segundo a PF, que ela movimentou R$ 1,6 milhão em 2014 –
quantia considerada atípica pelos investigadores porque ela recebe
vencimentos de R$ 8 mil. Mozart Sales assumiu o comando da Saúde em
fevereiro de 2014, após a queda do então ministro Arthur Chioro. Antes
de ocupar a cadeira número 1 do Ministério, Mozart exerceu a função de
secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (2012/2014) e
foi chefe de gabinete (2011/2012) do ministro Alexandre Padilha, hoje
secretário do governo Fernando Haddad em São Paulo.
Durante a gestão de
Mozart Sales na Secretaria de Gestão foi criado o programa Mais Médicos,
polêmica aposta do governo Dilma na área de Saúde. Em seu perfil,
publicado na página da Hemobras na internet, Mozart afirma que ‘criou e
coordenou a implantação do programa Mais Médicos em todo o território
nacional, que beneficia mais de 50 milhões de pessoas em todo o país’.
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