09 dezembro 2015

PF mira em ex-ministro da Saúde de Dilma por suspeita de corrupção

Um dos principais alvos da Operação Pulso, deflagrada nesta quarta-feira, 9, pela Polícia Federal, é o médico Mozart Júlio Tabosa Sales, ex-ministro interino da Saúde do governo Dilma Rousseff. Segundo a PF, Mozart foi afastado do cargo de diretor da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobras) por suspeita de envolvimento com organização criminosa especializada em direcionar licitações e desviar recursos públicos. 

Rastreamento na conta da mulher de Mozart, Jurema, indica, segundo a PF, que ela movimentou R$ 1,6 milhão em 2014 – quantia considerada atípica pelos investigadores porque ela recebe vencimentos de R$ 8 mil. Mozart Sales assumiu o comando da Saúde em fevereiro de 2014, após a queda do então ministro Arthur Chioro. Antes de ocupar a cadeira número 1 do Ministério, Mozart exerceu a função de secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (2012/2014) e foi chefe de gabinete (2011/2012) do ministro Alexandre Padilha, hoje secretário do governo Fernando Haddad em São Paulo. 
Durante a gestão de Mozart Sales na Secretaria de Gestão foi criado o programa Mais Médicos, polêmica aposta do governo Dilma na área de Saúde. Em seu perfil, publicado na página da Hemobras na internet, Mozart afirma que ‘criou e coordenou a implantação do programa Mais Médicos em todo o território nacional, que beneficia mais de 50 milhões de pessoas em todo o país’. Leia mais no Estadão.